sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Apanhei-te, Beaujolinho

Senhoras e senhores, amigos leitores. Ontem, abandonado, apeado, desterrado, e por todas as formas impossibilitado de rumar à Festa do Vinho Novo no Café Tati, como apetecia, mas profissionalmente obstinado e provisoriamente ousado, montei-me no meu fiel duas-pernas e caminhei mais de seis quilómetros em busca de uma garrafa de Beaujolais Nouveau. Quer dizer, deu-me a maluqueira. Ou será que tenho um problema com a bebida? Fosse o que fosse, passou-me tudo quando me sentei a beber sensivelmente o meu quartilho de Gamay.

Grâces à Dieu.

Quanto a notas de prova, basta repetir as de Bernard Pivot, que não falham por muito: «um vinho alegre, arrojado, de bochechas vermelhas, boca de Primavera, que se degusta menos do que se emborca como um elixir de juventude e de bom humor»; «uma curiosidade, uma felicidade de circunstância, uma gulodice temporã e apetitosa», com «os seus aromas de pomar de padre e de canteiro de professor primário».

À votre, amis français.

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