Não obstante, se for ainda mais sitibundo, saiba o leitor que, por ordem crescente, pode mamar em alternativa: um jéroboam (equivalente a cerca de 4 garrafas comuns); um roboão (6); um matusalém (8); um salmanasar (12); um baltasar (16); ou um nabucodonosor (entre 18 e 22, frequentemente 20, cerca de 16 litros).
Todas estas palavras (à excepção de jéroboam, que aparece inalterada) são aportuguesadas do francês, referem-se geralmente a champanhe e constam no eminente Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Assim munido dos nomes próprios, afira agora, leitor, qual é a verdadeira capacidade da sua sede. A sua tara, digamos. Mas cuide: se conduzir, não beba nabucodonosores.
* O Houaiss regista magnum como substantivo masculino ― de resto, à semelhança dos demais termos aqui referidos. Um meu parente, versado em línguas mortas e de trapos, objecta ― e muitíssimo bem:
Sendo magnum o neutro do adjectivo magnus, magna, magnum, parece correcto dizer «uma garrafa magnum», ou só «uma magnum», uma vez que garrafa é feminino.
Para sermos puristas, deveríamos dizer magna, para concordar com o substantivo, já que em português não há neutro: ou se é “marcolino” ou “firmino”.
De qualquer modo, magnum ou magna, importa é que o conteúdo seja “bão”.
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