segunda-feira, 18 de novembro de 2013

After half a glass

Adrian Mole, o diarista inventado por Sue Townsend, é um nome que avulta no longo rol de motivos para se ser anglófilo. (Nessa lista, também constam Tristram Shandy, o chá Earl Grey, o bolo da Sra. Darwin, o queijo Stilton, o especial apreço pelas aves e pelos jardins, a BBC, séries televisivas como Fawlty Towers e Rev., bandas como os Madness e os Blur, o exílio de D. Manuel II, Sir Winston Churchill, a fleuma e o humor negro, Postman Pat e Shawn the Sheep, Matt Jones, aliás, Matthew Robert Jones, aliás, Mr. Jones, o keeper do Belenenses etc.)

Adrian, herói sem glória da fé em si mesmo, continua a escrever os seus diários, começados aos treze anos e três quartos. No volume que acabo de ler, intitulado The Capuccino Years (1999), encontra-se a seguinte entrada, aqui transcrita em dedicação aos detractores da Pátria:

Quarta-feira, 15 de Abril

Esta noite, com a ajuda da Eleanor, o Glenn copiou o seu nome e a sua morada, e também «Gazza», «Hoddle» e «Campeonato do Mundo».

Abri uma garrafa de Mateus Rosé e convidei a Eleanor a juntar-se a mim e celebrar o progresso dele. Quase desejei não o ter feito ― ao fim de meio copo, ela começou a mirar-me muito intensamente. Acho que me estou a desinteressar dela um pouco.

Sem comentários: