Terceiro domingo de Verão. Para me proteger do calor, fiquei na varanda quase até acabar a sombra, por volta da uma hora, lendo um conto do Eça, ausente de muitas colecções, que guardava para a meteorologia mais propícia: Um dia de chuva.
Logo na primeira página, surge um «vinho de Pedras Negras», depois «o delicioso vinho branco da quinta» do Paço de Loures, depois «uma garrafa especial de vinho do Abade de Carmelinde». Resultado, cheguei ao almoço com uma sedezinha cheia de relevo (outra flor colhida ali), que saciei com o último colarinho branco que tínhamos, um Viúva Gomes de 2006. Lá iremos, lá iremos.
Durante a tarde, enquanto assistíamos a Life of Pi, bebi muita água do Luso, seguindo ordeiramente os alertas das autoridades, que, como de costume, aconselhavam a população a não beber só whisky, acho eu.
Para continuarmos com o Eça, tomámos dois copos de Tormes antes do sol-pôr. E ao jantar, com o sushi, para não deixarmos os clássicos, sorvemos a nossa dose de BSE.
Com esta sequência de brancos, mais a maçã que lanchara, à noite os meus dentes resplendiam. Experimente o leitor e verá se não obtém o mesmo efeito. Seguidamente, reclame para essa tal Direcção-Geral de Saúde, que sabe mandar-nos sair do sol e rebentarmo-nos com água, qual Nícias, mas sobre os benefícios de higiene e alvura que há em ingerir maçãs e vinho branco, moita.
2 comentários:
És um desmesurado. Com os dentes assim tão alvos, bem podes sorrir em conformidade!
Não, não, eu faço mesura a todas as garrafas. Sempre a sorrir.
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