DFJ Vinhos. Regional Algarve. Negra Mole, Trincadeira. 14,5% Vol. Cerca de 4 €.
Vermelho. Aromas doces de fruta madura, com um perfume vegetal subtil. Agradável de beber, harmonioso, simples, liso, qual esfera.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Monte Mayor 2010
Adega Mayor. Regional Alentejano. Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet, Syrah, Petit Verdot. 14% Vol. Oferta do produtor.
Vermelho-escuro. Aroma intensamente frutado, de morangos e amoras, com um fundo de baunilha, que suscita a mesma impressão cremosa dos caramelos de fruta. Corresponde na boca, bem saboroso e estruturado, de final fresco e cativante.
Vermelho-escuro. Aroma intensamente frutado, de morangos e amoras, com um fundo de baunilha, que suscita a mesma impressão cremosa dos caramelos de fruta. Corresponde na boca, bem saboroso e estruturado, de final fresco e cativante.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Batem forte, fortemente
A ler com atenção, a crónica de Jancis Robinson sobre as razões da escalada do grau alcoólico do vinho nos últimos anos.
«Os economistas do vinho foram capazes de mostrar que o aumento dos níveis médios de álcool era muito maior do que podia ser explicado por qualquer mudança no clima, e concluíram: “as nossas descobertas levam-nos a pensar que a subida do teor alcoólico do vinho é principalmente obra humana”. Apontaram em particular “preferências dos consumidores em evolução e pontuações de peritos” como mais provável a ter feito subir os níveis de álcool. Por outras palavras, os produtores de vinho entendem que tanto consumidores como especialistas querem vinhos com um sabor mais maduro, taninos mais suaves e acidez mais baixa (os níveis de ácidos caem à medida que as uvas amadurecem), e optaram deliberadamente por fazer colher as uvas mais tarde do que em tempos foram.»
sábado, 21 de janeiro de 2012
Casal Freitas 2008
Por falar em Castelão e Fernando Pó, eis a nota de prova de um vinho aludido há tempos.
A propósito, quando vi comparar Castelão a Pinot Noir, o que primeiro me lembrou foram justamente as notas aromáticas animais, que julgo serem características de ambas as castas, quando criadas nos melhores terroirs.
Casal Freitas 2008
José Bento da Silva Freitas. Regional Terras do Sado. Castelão, Touriga Nacional, Syrah. 13,5% Vol. Cerca de 2,50 €.
Vermelho-escuro intenso. Aroma frutado, de feição gorda, com certa nota animal, que parece lembrar ovelhas… Corpo fluido, sabor equilibrado, com um toque vegetal.
A propósito, quando vi comparar Castelão a Pinot Noir, o que primeiro me lembrou foram justamente as notas aromáticas animais, que julgo serem características de ambas as castas, quando criadas nos melhores terroirs.
Casal Freitas 2008
José Bento da Silva Freitas. Regional Terras do Sado. Castelão, Touriga Nacional, Syrah. 13,5% Vol. Cerca de 2,50 €.
Vermelho-escuro intenso. Aroma frutado, de feição gorda, com certa nota animal, que parece lembrar ovelhas… Corpo fluido, sabor equilibrado, com um toque vegetal.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Uma palavrinha
Que máquina extravagante é o cérebro humano. Hoje, sem mais nem porquê, meteu-se-me na ideia que falhara uma palavra na primeira citação do artigo anterior, sobre os vinhos de Castelão de Palmela. Fui ver, e de facto faltava essa palavra (já não falta, assim como o par de aspas que havia também subtraído ao original).
Para me redimir, copio aqui o mesmo trecho, alargando-o, por ser de interesse. Ora veja o leitor que diferença faz uma palavra.
Para me redimir, copio aqui o mesmo trecho, alargando-o, por ser de interesse. Ora veja o leitor que diferença faz uma palavra.
«A Península de Setúbal é, talvez, a zona do País onde ela [a Castelão] melhor se adapta, embora se lhe reconheçam comportamentos muito distintos. Assim, nas areias do Poceirão e Fernando Pó, em bons anos de colheita, pode atingir 6 a 8 toneladas de uva por hectare, com um grau provável de 13-13,5%, rica de cor, muito aromática e equilibrada na acidez. Origina, então, belos vinhos de guarda, carnudos, com notas aromáticas de frutos vermelhos e plantas silvestres, que “casam” muito bem com o perfume do carvalho francês.»
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Conhecer. Comunicar.
Há umas poucas semanas, trouxe finalmente para casa certa garrafa que me trazia curioso: Hero da Machoca Grande Escolha 2001. Não sabia do vinho senão, como estava à vista, que era Castelão de Palmela estreme, vinificado em lagares tradicionais, premiado em Bruxelas com medalha de prata, em 2004.
Desarrolhei a dita garrafa no outro fim-de-semana, por ocasião de um almoço em família. Não pude na circunstância tomar grande sentido no copo, mas o vinho era uma flagrante delícia, caso sério a requerer atenção. No dia seguinte, voltei ao supermercado e deitei mão às três garrafas que restavam na prateleira, as mesmíssimas que havia semanas lá deixara.
Este domingo, cá se bebeu outra, de par com uma travessa de almôndegas, récipe de influência transmontano-neerlandesa. O vinho confirmou-se esplêndido (a nota de prova terá de esperar pela garrafa seguinte), com todas as qualidades que se reconhecem aos melhores exemplares da Castelão de Palmela, como são apontadas no guia de referência em matérias de ciência vitivinícola nacional: — «belos vinhos de guarda, carnudos, com notas aromáticas de frutos vermelhos e plantas silvestres, que “casam” muito bem com o perfume do carvalho francês.» Sobre o produtor deste Hero da Machoca, diz-se aí também que as suas vinhas são maioritariamente velhas e «estão situadas no Poceirão e na Marateca, consideradas zonas excepcionais para a produção de uvas da casta Castelão.» Depois há «a mão do enólogo António Saramago — um verdadeiro mestre da casta e da região».
Note-se ainda que Filipa Tomaz da Costa, a primeira das enólogas portuguesas, compara mesmo a Castelão da Península de Setúbal à Pinot Noir da Borgonha.
Quero eu afinal chegar ao preço que paguei por este vinho rico e longevo, feito de uma casta autóctone de Portugal, no seu terroir mais propício, por um dos nossos mais conceituados vinicultores — portanto, um produto de qualidade superior, que serviria bem o fim de ilustrar e promover nos mercados de exportação o carácter genuíno dos vinhos portugueses. Embora ele se venda na origem a 9,45 €, eu comprei num Intermarché o Hero da Machoca Grande Escolha 2001 por 3,99 €.
Casos destes são, no imediato, formidáveis para o consumidor escasso de finanças; mas para o produtor, para a Economia, para o futuro do país, não se conhecer de entre o bom o singular, não o comunicar, e malbaratar a riqueza que se tem — é aviltante.
Desarrolhei a dita garrafa no outro fim-de-semana, por ocasião de um almoço em família. Não pude na circunstância tomar grande sentido no copo, mas o vinho era uma flagrante delícia, caso sério a requerer atenção. No dia seguinte, voltei ao supermercado e deitei mão às três garrafas que restavam na prateleira, as mesmíssimas que havia semanas lá deixara.
Este domingo, cá se bebeu outra, de par com uma travessa de almôndegas, récipe de influência transmontano-neerlandesa. O vinho confirmou-se esplêndido (a nota de prova terá de esperar pela garrafa seguinte), com todas as qualidades que se reconhecem aos melhores exemplares da Castelão de Palmela, como são apontadas no guia de referência em matérias de ciência vitivinícola nacional: — «belos vinhos de guarda, carnudos, com notas aromáticas de frutos vermelhos e plantas silvestres, que “casam” muito bem com o perfume do carvalho francês.» Sobre o produtor deste Hero da Machoca, diz-se aí também que as suas vinhas são maioritariamente velhas e «estão situadas no Poceirão e na Marateca, consideradas zonas excepcionais para a produção de uvas da casta Castelão.» Depois há «a mão do enólogo António Saramago — um verdadeiro mestre da casta e da região».
Note-se ainda que Filipa Tomaz da Costa, a primeira das enólogas portuguesas, compara mesmo a Castelão da Península de Setúbal à Pinot Noir da Borgonha.
Quero eu afinal chegar ao preço que paguei por este vinho rico e longevo, feito de uma casta autóctone de Portugal, no seu terroir mais propício, por um dos nossos mais conceituados vinicultores — portanto, um produto de qualidade superior, que serviria bem o fim de ilustrar e promover nos mercados de exportação o carácter genuíno dos vinhos portugueses. Embora ele se venda na origem a 9,45 €, eu comprei num Intermarché o Hero da Machoca Grande Escolha 2001 por 3,99 €.
Casos destes são, no imediato, formidáveis para o consumidor escasso de finanças; mas para o produtor, para a Economia, para o futuro do país, não se conhecer de entre o bom o singular, não o comunicar, e malbaratar a riqueza que se tem — é aviltante.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Notas Amadoras: Quinta do Poço do Lobo Reserva 2007
Caves São João. DOC Bairrada. Baga, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon. 13,5% Vol. 7,23 €.
Vermelho-escuro intenso. Aroma de fruta e plantas silvestres, com um toque de chocolate. Sabor maduro, macio e equilibrado.
Vermelho-escuro intenso. Aroma de fruta e plantas silvestres, com um toque de chocolate. Sabor maduro, macio e equilibrado.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Notas Amadoras: Quinta do Casal Branco 2010
Regional Tejo. Fernão Pires. 13% Vol. Cerca de 3 €.
Amarelo-claro. O aroma intenso, frutado e floral, lembra marmelo, mas também fumo e azeitonas. Esperto na boca, com acidez citrina e uma ligeira sensação de espessura.
Amarelo-claro. O aroma intenso, frutado e floral, lembra marmelo, mas também fumo e azeitonas. Esperto na boca, com acidez citrina e uma ligeira sensação de espessura.