segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sonho de uma noite de Outono

Sogrape Garrafeira Bairrada 1999
Uma noite de intempérie na Madeira. Um velho casarão rodeado de jardins escuros. A mulher amada. Uma ceia consoladora. Um vinho suave, bondoso, que sacia. Vinho que abriga. Confortável vinho.

2 comentários:

Anónimo disse...

Outono sabe a Madeira! Cheiram-se as folhas num tapete quase de um húmus de cor alaranjada. Sobre ele, cai uma e outra "folha caduca" para quebrar o silêncio entre algumas gotas de chuva, de um plic-ploc outonal! Ouve-se o voo suave de um e outro pássaro esquecido de partir, para uma outra lufada de ar mais quente e terno! É de facto Outono! Apetece uma manta de tom verde-lima, a companhia de uma voz madura, de uma barba já grisalha por tantos outros Outonos, e um vinho da “Bairrada”. As mãos embalam um copo alto, com um vinho maduro que deambula e se embala pelo vidro... Lábios, olhos, nariz, ouvidos e mãos, encontram-se em harmonia perfeita entre corpos e um vinho! Chega à “memória”, o cheiro e o sabor de tantos outros “ vinhos tintos degustados”! Importantes mesmo, são as “memórias” de um Outono dos sentidos, sentidas no degustar de um “confortável vinho”, num “velho casarão rodeado de jardins escuros”!
(Uma brincadeira de palavras para um momento outonal, “banhado” por um vinho … Amo as vindimas, o cheiro da terra que embala e faz crescer as videiras! São momentos de pura alquimia! São cheiros e sabores eternos! Parabéns pelo blogue!)

Alana

João Inácio de Paiva disse...

Olá, Alana! Obrigado pelo comentário e pelos cumprimentos. Volte sempre!