sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Chão do Prado 2014
António João Paneiro Pinto. DOC Bucelas. Arinto, Esgana-Cão. Paulo Laureano (enol.). 12% vol. Cerca de 4 € (El Corte Inglés).
Cheira a pêra madura. Na boca sente-se o mesmo aroma, mas está um branco essencialmente citrino e muito vibrante. A par do Morgado de Bucelas (não comparando, mas será um exercício interessante), é um dos meus Bucelas preferidos: esperto, modesto, típico, livre de mariquices e saloiadas. Quer dizer, se é esperto e de Bucelas, pode-se falar em esperteza saloia. Mas não é nenhum «wine of Shakespeare». (Inventado por inventado, mais valia irem chul—chatear o Camões.) Rejubilemos.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
JA 2011
Um Bife à Café Lisboa — reencarnação do vetusto Bife à Marrare, com «um molho de carne à séria» — um caldo feito com os ossos e as aparas da carne, ligado com um tantesquinho de natas, de mostarda ou de manteiga — e uma garrafa de JA tinto, sob os tectos augustos do Teatro Nacional de São Carlos. Um sopro de civilização na choldra ignóbil.
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Quinta do Monte d'Oiro. Regional Lisboa (Alenquer). Syrah. Graça Gonçalves (enol.) (?). 13% vol. 15 € (Café Lisboa).
Com notas aromáticas lembrando ameixas e cerejas, mas também osmazoma e fumo, está um tinto delicado e elegante, de um brilho palatável — quer dizer, magicando na boca uma sensação de brilho. Supinamente gastronómico, como tinha de ser um vinho produzido por José Avillez e José Bento dos Santos na Quinta do Monte d'Oiro.